Das utilidades das restrições
Refletindo sobre a interação entre limitações e criatividade, percebi o poder que colocar restrições pode exercer sobre nossa capacidade de inovação. Enquanto muito se prega a liberdade criativa como essencial, prefiro enxergar o controle como fonte de potencial, fundamental para solidificar ideias e explorar novas perspectivas.
Mas vejo também um uso excessivo de restrições sem propósito. Por isso fiz uma lista com os parâmetros que considero úteis para mim e para quem encontra meus trabalhos. Esse é um exercício que pode ser aplicado a cada projeto. Na minha visão elas se dividem em dois tipos.
Para o público
Útil:
- Ter um ponto de vista claro.
- Apresentar ideias que ajudam em alguma coisa.
- Inspirar.
- Incentivar potencialidades.
Não é útil:
- Parecer profissional demais.
- Dar mais certezas do que perguntas.
- Sobrecarregar de informações desnecessárias.
Para mim
Útil:
- Criar um cronograma de publicações.
- Desviar de coisas que não são o propósito central do trabalho (como passar muito tempo me preocupando com imagens em projetos cujo foco é o texto).
- Criar formatos (como toda newsletter ter dicas de coisas para ler, ver e ouvir, ou todo desenho ser feito à mão).
Não é útil:
- Querer agradar a todos os gostos.
- Criação baseada exclusivamente em pesquisas de público ou tendências.
- Otimização para mecanismos de busca.
Quando você estabelece as restrições pro trabalho que está desenvolvendo, você encontra um conjunto de limitações que vão fazer sua criatividade se concentrar no que interessa.